6 de fev. de 2011

São Carlos de Bariloche, logo ali.

Dormi bem, tanto é que acordei bem cedo, e minha intenção era sair bem de madrugada porem o pessoal do hotel sumiu, não tinha ninguém na recepção para abrir o portão do estacionamento. Então deixei tudo pronto na Moto, fiz a revisão diária, atei as mochilas e depois disso aproveitei o "WI-FI" da recepção liguei meu notebook e enquanto esperava fiz uma pré reserva no hostel Marcopolo inn de Bariloche, cidade que eu pretendia ficar pelo menos dois dias.
Já era mais de 5:30h. e nada de chegar o pessoal do hotel, resolvi não me stressar e sai para fazer uma caminhada pela cidade e valeu a pena ver aquela pequena cidade porem muito rica, acordar. Fiquei imaginando na imensidão no nosso planeta terra, as vezes a gente viaja kilometros e kilometros sem se quer ver uma viva alma e derrepente aparecem essas cidades praticamente no meio do nada, e com uma vida tão normal e agitada como a nossa "guardado as proporções é claro". é assim no Brasil, nos confins da Argentina também, e deve ser assim no Planeta todo.Outra coisa que me deixou encasquetado e se for como estou pensando, não sei porque ainda não copiamos, É o modelo de agricultura daqui, veja bem que sou um leigo em agricultura e posso estar falando besteira. Por ex. Essa cidade é um oases no meio do deserto e mesmo sendo no centro do deserto é considerada a capital da maçã e da pêra e imagino que essas frutas nessecitam de agua e como é que essa agua chega até as plantações? só pode ser por irrigação imagino, por se tratar de estar no centro do deserto apesar de saber que essa região desértica é cortada por grandes rios, tais como o Limay, Colorado, e Rio Negro que inclusive da o nome aqui ao estado. Comparando com o nosso nordeste que temos as bacias do rio Parnaiba e a do rio São Francisco a riqueza da agricultura do nosso nordeste ainda é pequena comparada ao que tenho visto aqui no meio desse deserto.
Voltando ao que interessa quando cheguei no hotel o café já estava sendo servido, café simples puro como eu gosto e duas media luna. Paguei minha diária, liguei a moto e pé na estrada.Nesses cinquenta kilometros que separa Grl. Roca de Neuquen, são as plantações de maçã, pêra, pêssego que dão o ar da paisagem, Logo que passo pela cidade de Cipollete entro numa avenida que eu poderia compara la a marginal Tiete a diferença é que la não há um rio a margem da avenida e a outra diferença é que na marginal não tem farol e aqui pude contar mais de quarenta faróis nessa avenida e peguei o horário do rush, transito infernal no meio da Patagónia, coisa que não imaginava nem em sonho, apesar de saber que iria passar por grandes centros tais a esse de Neuquen, mesmo assim fiquei surpreso.Depois que passei por Neuquem comecei a perceber as mudanças geográficas da região a viagem começou a ficar emocionante as curvas da pré cordilheira parece que vinham me receber de braços e almas abertas uma curva mais linda que outra o dia estava lindo o vento me acompanhava porem nada que tirasse o encanto de pilotar novamente pela aquelas Rutas ao pé da Cordilheira dos Andes.Senti ali naquele momento que a minha verdadeira viagem estava começando e uma felicidade invadiu a solidão de dentro do meu capacete, uma sensação de liberdade, é como se a natureza o homem a maquina e a Ruta se fundissem num só sentimento.E é nesse momento que justifica tantos meses de preparação, tantas noites mal dormidas e de sonhos acordado. Uma pena não poder expressar esse sentimento para meus familiares, meus amigos e todos aqueles que ficaram torcendo por mim, porque se eu pudesse assim fazer eles entenderiam com outros olhos o porque dessas viagens, que nós motociclistas fazemos, tão só, dentro dos nossos capacetes.
Aqui pela confluencia Traful passa a lendaria Ruta 40 
Trevo na saida de Neuquen
Ao fundo o Rio Limay

Ao fundo pode se ver a pré cordilheira

Qual Motociclista não se encanta com as curvas?





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